Lançamento do livro: Quando o céu e o mar se encontram

No dia 16 de março de 2019 aconteceu, na Floresteria - São José dos Campos, o lançamento do livro "Quando o céu e o mar se enco...

domingo, 26 de maio de 2019

História sobre maternagem

Tomei a liberdade de copiar um trecho da postagem do blog: Educar com histórias (veja o link ao lado), pois esta proposta vai ao encontro do que acredito e procuro transmitir em minhas palestras e mesmo aqui no blog.

Como as histórias podem ajudar?




Podemos ajudar as crianças contando-lhes histórias que intencionalmente resgatem a sensação de que “o mundo pode ser bom”. Metaforicamente, é como se essas histórias carregassem as crianças nos “braços de uma mãe”, ou mesmo “no colo protetor da Mãe Terra”.

As histórias que trazem esse tipo de imagem podem ser contadas não só para celebrarmos o Dia das Mães ou quando alguém se torna mãe, mas em casos mais graves, quando identificamos a necessidade de “proteção”: um acidente, uma mudança súbita de vida, um ato violento, uma experiência traumática.

Além disso, atualmente, todas as crianças precisam de histórias que façam com que se sintam mais seguras e protegidas, que as cerquem com imagens que vão formando camadas e criando uma suave vestimenta de proteção. É como se essas histórias formassem uma “pele” extra em cada criança-ouvinte, uma pele protetora para encararem o mundo de hoje.

Já contamos histórias que atuam dessa forma o tempo todo, mas podemos fazer isso também de forma mais consciente.

Na história a seguir, indicada para crianças pequenas, dou um exemplo que nos conduz a um ninho:



“A Mamãe Passarinha está fazendo um ninho. Ela cuidadosamente o tece com galhos e musgos, gramas e folhas. Ela usa toda a sua sabedoria para criar um lar para seus passarinhos, um abrigo que resista ao vento e às chuvas. O ninho está sendo construído em um ramo robusto no alto de uma árvore, escondido com segurança pelas folhas. Se ela tiver sorte, encontrará um punhado de paina ou lã de carneiro para deixar o ninho mais macio e quentinho.
Então, a Mamãe Passarinha senta-se confortavelmente no ninho. E o calor de suas plumas despenteadas junto com suas asas, vai aquecendo os ovinhos e, depois de um tempo, aquecerá os pequeninos pássaros, como um cobertor.
A Mamãe Passarinha sempre canta doces melodias para embalar seus filhotinhos. E os raios quentes do pôr-do-sol dourado e o farfalhar suave da brisa através das folhas dizem: ‘shhhhh, shhhhh, hora de dormir, meus pequeninos’.
Quando todos adormecem, a mamãe olha para o céu estrelado, iluminado pela luz prateada da lua e dorme também, para descansar com seus passarinhos, no aconchego de seu ninho.
E no dia seguinte, quando o sol raiar, todos estarão prontos, para um novo dia começar”.



(Ao final da história, você pode cantar uma música sobre passarinhos ou mesmo tocar um instrumento que amplie a atmosfera de vôo dos pássaros).




terça-feira, 30 de abril de 2019

Meus professores - Bert Hellinger

O que seria de mim sem meus professores? Quão generosos foram eles ao me darem seus tesouros em conhecimento e habilidades, que me serviram tão bem em vida e competência para que pudesse crescer e me tornar o que sou hoje?
Muitas vezes me esqueci o quanto devo a eles. Tudo tornou-se parte tão natural de minha vida e de mim mesmo, tamanho orgulho, como se tivesse vindo de mim.  Escapava-me o tanto que devia a eles, por esquecer-me deles às vezes. Por consequência isto tornou-se menos para mim, e perdeu a força.
Agora é diferente quando eu os tenho em meu coração, quando lembro-me deles com gratidão. Então me sinto um recebedor rico. Eles estão comigo naquilo que faço e naquilo que passo aos outros, quando, assim como foi feito comigo, eu dou aos outros o que serve à vida destes e para suas realizações.
Pequeno me sinto quando me comparo a eles? Ao contrário!
Posso ficar ao lado deles, servindo à vida, como eles, humildes e pequenos diante da vida, e, portanto, de forma mais completa, plena com a vida e com seus movimentos.
Quando honro e compartilho aquilo que devo aos meus professores, outros tomam de mim mais abertamente o que dou para suas vidas. O olhar deles vai além de mim para todos aqueles que estiveram ao meu lado, que partilharam a vida comigo, quando eu partilhava esta com outros.
Então todos nós olhamos para além de nossos professores, para o espírito criativo, que está trabalhando igualmente para a vida como um todo. Assim como nós fazemos diante deste espírito, todos fazemos uma reverência aos nossos professores, e estes, junto conosco, reverenciam ante este espírito.
Ante este Espírito nós permanecemos abaixo, na terra, todos nós, todos agradecidos, igualmente vivos e igualmente a serviço do espiritual.
Bert Hellinger em seu livro "Ajuda para a Alma na vida cotidiana"
Tradução livre do inglês por René Schubert